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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sexta-feira

Afundo.
Cerveja, amigos, os cigarros e agora dei pra gostar de conhaque. Uma dose de conhaque antes dos vários goles de cerveja.
As conversas são diversas em cada parte da mesa. As pessoas falam falam e falam, parece que nunca falta assunto. Tenho vontade de escrever, muita vontade, mas escrever o quê se tudo está uma merda? Não falo só da minha merda, mas a grande merda que o mundo virou pra tudo e todos e tudo e todos mantemos.
Não quero escrever assim, não desse jeito. Versos de merda existem às toneladas por aí...
Olho as horas no relógio e ainda não passou da uma hora da manhã: o tempo parou. Ele pára porque são as mesmas caras, caras bocas conversas risadas forçadas, e você não está aqui, a batata frita já seca e fria, nada a ser dito, sua mão não está segurando a minha debaixo da mesa e o garçom que não traz logo outro copo.
Quero dançar. Quero andar, conhecer um lugar novo, ver gente nova, dançar, dançar mais com a música alta estourando nos ouvidos e não pensar em nada. Pronto, já não quero.
Quero que você passe por mim e diga (chorando, por favor) que aquilo foi um erro, que só o disse porque sentia a mesma dor (medo) que eu, que foi uma fuga e continua sentindo minha falta todos os dias, dias que são longos porque o tempo pra você também está parado. E então eu voltaria a querer dançar, andar, conhecer um lugar novo, fumaria mais um cigarro, os ponteiros do relógio correndo tortos excitados vivos e, de repente, já seria hora de voltar pra casa.
Já é tarde.

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