Já com os lírios, teve pressa, como se o acréscimo de cada segundo pudesse tornar o processo de rompimento ainda mais doloroso.
Fracassou com as tulipas vermelhas. Suas mãos pesavam toneladas. Seu corpo, estático. Não se sabia se seu desespero era contido ou se era ele quem se continha dentro de seu desespero mudo.
Fracassou. Fracassou em todas as tentativas.
Logo, me vi como parte daquele ritual de sacrifício que se tornara a retirada das flores. A cena que momentos antes enchera a rua de vida, era agora torturante aos olhos de quem pudesse ver.
Atravessei a rua, olhei pela última vez e segui para o outro lado, com passos largos e rápidos.
terça-feira, 16 de março de 2010
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